"DEMOCRACIA É A ARTE DE ADMINISTRAR OS CONTRÁRIOS E DE CONVIVER, RESPEITOSAMENTE, COM AS DIFERENÇAS". Luiz Carlos Nemetz.

quarta-feira, 20 de março de 2019

O TREM DA VIDA


Amigos.

Recebi, gostei e repasso.

Para reflexão: 

"Nossa vida é: como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques...

Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos, farão conosco a viagem até o fim: Nossos pais. Não é verdade?

Infelizmente, em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinhos, proteção, amor e afeto.

Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outros fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem há, também, pessoas que passam de vagão a vagão,
prontas para ajudar a quem precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas.

Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe

Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso obriga a fazer essa viagem separados deles.

Mas claro que isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos nos assentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.

Essa viagem é assim: 
cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. 

Sabemos que esse trem jamais volta. 

Façamos, então, essa viagem, da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos os passageiros, procurando em cada um deles o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso.

Nós mesmos fraquejamos algumas vezes., certamente, alguém nos entenderá. 

O grande mistério, afinal, é que não sabemos em qual parada desceremos.

E fico pensando: 

quando eu descer desse trem sentirei saudades? 

Sim!!!

Deixar meus filhos viajando nele sozinhos será muito triste. 

Separar-me de alguns amigos que nele fiz, 
do amor da minha vida, será para mim dolorido.

Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram.

E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, posso ter colaborado para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Agora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas.

Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade...

Quem entrará? Quem saíra?

Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo íntimo, deixaram desmoronar.

Fico feliz em perceber que certas pessoas, como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar.

Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de "todos os passageiros". 

Agradeço a Deus por você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo".


Grande abraço

Paulo Coimbra
Março/2019


2 comentários:

  1. De uma forma simples o texto oferece uma boa reflexaos Gostei muito. Muito mesmo !!! Abraço, Gilka.

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  2. 17:44 29/03/2019

    Prezado senhor Paulo Coimbra,

    Encontrei este espaço ao procurar pela campanha Redes Sociais Limpas, pois gostaria de divulgá-la, e sua proposta de diálogo sobre os temas é edificante e estimulante.

    Interessante a analogia e todas as nuances apontadas nela, gostei deveras... Inspirou-me no que vem a seguir, e agradeço por essa oportunidade. Além de que, sempre amei viajar de trem na infância vivida em minha cidade natal, São Francisco do Sul-SC.

    Suas palavras evocam memórias afetivas de todos os espectros, tanto acima quanto abaixo na escala vibracional evolutiva, e por consequência me identifiquei com o escrito. Me pareceu uma síntese da história de cada ser humano vivente neste orbe...

    De minha parte, há tempos penso na Vida sob duas perspectivas: como uma grande Peça de Teatro e noutra um grande Jogo de Xadrez. Claro, poderão haver tantas formas perceptivas, sensitivas e descritivas quanto há seres pensantes... Os indianos falam de Leela - A Brincadeira Cósmica...

    Na primeira perspectiva, há vários personagens, figurantes, palcos e cenários, espectadores de variados níveis intelecto-ético-morais, cada qual com seu tempo de atuação e permanência no imenso Palco da Vida. O cachê dos atores e o valor do ingresso é pago através das experiências representadas-vividas. Uns mais tempo, outros menos, interagem conosco, ou apenas compõem o cenário, como parte da paisagem caleidoscópica e impermanente.

    Na segunda, de acordo com a mobilidade permitida a cada 'jogador' - ao meu intuir uma consequência do nível de Ser individual alcançado por esforços conscientes - nos movemos como peças de um grande jogo no imenso tabuleiro da Vida, e de acordo com nossas ações, colhemos os frutos nem sempre doces, nem sempre amargos, de nossas escolhas.

    Em ambas as formas, estimulados, influenciados, induzidos, por que não? - por energias sutis além de nosso controle, vivemos num estado de apego-aversão às circunstâncias e fatos, numa tentativa constante de preservar o que nos agrada-satisfaz e repelir o que nos incomoda-afeta...

    O desfecho do roteiro ou o fim do jogo dos ciclos terrenos - é uma incógnita para todos nós, embora hajam pistas em alguns momentos, restando apenas participar com entrega na encenação e nas jogadas que se apresentam a cada instante.

    Cordialmente,

    Jorge Silva - Joinville/SC

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